(José Romildo Sousa, Escritor, poeta, historiador e consultor cultural, no Facebook, em 12/02/2024)
No final da década de 60, ou mais precisamente no ano de 1968, uma turma de amigos, que se encontrava diariamente no “Escondidinho”, resolveram criar mais um Clube na cidade; clube este que, por se constituir de pessoas que tinham como esporte predileto a pescaria, batizaram-no com o nome de 13 PESCA CLUBE, que permaneceu em atividade durante 10 anos.
A iniciativa de fundar o 13 Pesca Clube partiu de Júlio Paulo e Aluisio Bocão, que com este ato, receberam carta branca do Dr. Nabor para pescar “a qualquer hora do dia ou da noite” no açude de sua fazenda Maria Paz, no vizinho município de São José de Espinharas.
Inicialmente os associados do clube se reuniam na residência de Toinho Odorico, todos os sábados à noite, para baterem “aquele papo”, enquanto bebiam aquela cervejinha gelada.
Algum tempo depois, Dr. Geraldo Carvalho adquiriu um prédio que ficava situado no Bairro do Belo Horizonte, emprestou-o então, ao Clube e, este, ficou sendo utilizando-o como sede social.
A inauguração do 13 Pesca Clube se deu em clima de muita festa e animação, onde estiveram presentes além dos associados, familiares e convidados. Na oportunidade, usou da palavra no momento da inauguração do sodalício, o sócio fundador Edivaldo Motta e o atual Prefeito José Cavalcante.
No ano de 1971, precisamente no dia 13 de novembro, o Rotary promoveu dentro da Festa da Cidade o seu concurso e, desta feita, o 13 Pesca Clube resolveu participar do certame, apresentando a Srta. Paraguaçu, filha de Wilson Nobre. Esta desfilou elegantemente vestida em uma rede de pescar (simbologia maior do sodalício) e, naquela noite, foi ela a grande vencedora no Tênis Clube.
Os membros do 13 Pesca Clube elaboravam anualmente, um substancioso calendário de visitas às casas dos seus sócios durante o período dos festejos carnavalescos. Todos os dias, o bloco saía pelas ruas de Patos, acompanhado pela orquestra do Maestro Edson Morais. À noite, os foliões do 13 Pesca Clube, trajados a caráter, se esbaldavam no baile do Patos Tênis Clube.
E, ainda hoje, alguns deles não se cansam de relembrar a volta em torno da praça Getúlio Vargas cantando: Oh quarta-feira ingrata chegou tão depressa só pra contrariar…
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Comentário nosso
O Treze Pesca Clube teve treze fundadores, salvo engano os treze da seguda foto. Como se passaram 56 anos, provavelmente nenhum dos fundadores é mais vivo. Eu pelo menos não identifiquei nenhum sobrevivente. Eram da nata da sociedade patoense e participantes da nossa boemia de então. Eu identifiquei entre eles Edivaldo Motta, Antônio Rafael, Ramiro Gondim, Aloísio Bocão, Elpidio Portela, Júlio Paulo, Geraldo Carvalho, Ivan Lucena e Miguel Nobre. E, se o espírito não me engana, eram todos udenistas. Parabéns a Romildo por “desenterrá-los”, todos fazem parte da nossa história. (LGLM)