Lula reativa um pesadelo (com comentário nosso)

By | 13/03/2024 7:34 am

Sondas, ‘mar de oportunidades’, vai começar tudo de novo

 

(Elio Gaspari, Jornalista, autor de cinco volumes sobre a história do regime militar, entre eles “A Ditadura Encurralada”, no Estadão, em 12/03/2024)

 

Elio GaspariParece a volta de um pesadelo. Depois de uma desastrada carga de cavalaria em cima da ValeLula avançou sobre a Petrobras e derrubou seu valor de mercado em R$ 55 bilhões. Diante das más notícias, a repórter Malu Gaspar revelou que o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, mostra uma carta na manga: o anúncio de um “Mar de Oportunidades”, com um programa de investimentos de até R$ 80 bilhões em plataformas, navios sonda e barcos de apoio.

Tudo isso já aconteceu. Deu na Operação Lava Jato, com roubalheiras confessas, dezenas de prisões, a deposição da presidente Dilma Rousseff e um clima de descrença que desembocou eleição de Jair Bolsonaro em 2018.

Lula em cerimônia de divulgação dos resultados do novo PAC Seleções, em Brasília – Gabriela Biló – 7.mar.24/Folhapress

Lá atrás, as coisas pareciam simples e fáceis, comprou-se uma refinaria nos Estados Unidos, criaram-se estaleiros virtuais e, no escurinho do Planalto, adotou-se uma “contabilidade criativa” depois chamada de “pedalada”. Deu no que deu. O pesadelo voltou semanas depois da falência da Sete Brasil, a joia da coroa que produziria 28 navios-sonda para a Petrobras.

Pacheco não falou na tentativa de empurrar o ex-ministro da Fazenda goela abaixo do conselho da Vale para presidir a empresa. Também não quis ser específico com o caso dos dividendos da Petrobras.

Lula entrou em campo com duas afirmações. Numa, repetiu que a Petrobras deve servir ao Brasil. Nada mais certo e, desde sua fundação, ela tem feito isso. A crise que a empresa viveu há dez anos foi produzida pelos larápios que dela se apropriaram.

Na outra, julgou o desempenho de seu governo, disse estava “muito aquém” do que prometeu e elaborou: “Até agora, preparamos a terra, aramos, adubamos e colocamos a semente. Cobrimos a semente. Este é o ano em que vamos começar a colher o que plantamos”.

Todas as lombadas surgidas em seu governo saíram do Planalto. Para piorar, quase todas foram inúteis: Mantega na ValeHitler em Gaza e Nicolás Maduro em Caracas criaram crises sem maior propósito. Isso num governo que conseguiu elevar em 11,7% a renda dos brasileiros. Esse resultado foi conseguido pela boa administração dos instrumentos existentes.

É como se existisse uma alma penada no Planalto. Hoje, há 60 anos, ela disse a João Goulart para ir ao comício da Central do Brasil, depois, soprou a ideia do Acordo Nuclear com a Alemanha ao general Ernesto Geisel, o Plano Collor ao referido senhor e as “campeãs nacionais” a Dilma Rousseff.

Lula disse que está em tempo de semeadura. Pelo andar da carruagem, semeia a erva daninha que já destruiu sua lavoura.

Comentário nosso

Lula continua se enterrando. Apavorado com as quedas nas pesquisas, anuncia medidas que ao invés de animar o auditório, relembra tragédias antigas e põe o eleitorado com “a pulga atrás da orelha”. Ou seja, as emendas têm sido piores dos que as “burradas” feitas! (LGLM)

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Category: Blog

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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