Reforma inevitável (com comentário nosso)

By | 22/01/2024 10:31 am

Apesar de resistência petista, revisão de carreiras dos servidores se impõe

(Opinião da Folha, em 21/01/2024)

Diante da disposição de lideranças no Congresso em fazer avançar uma reforma administrativa, o governo dá sinais de que poderá deixar a posição avessa a esse debate.

Reagindo ao que parece ser um inevitável avanço da pauta, a ministra da Gestão e da Inovação, Esther Dweck, indica que o Executivo apresentará um projeto alternativo à principal iniciativa já em tramitação, a proposta de emenda constitucional 32, de 2020.

Concebida pela equipe econômica de Jair Bolsonaro (PL) e aprovada em comissão especial da Câmara em 2021, a PEC diminui o alcance da estabilidade do funcionalismo, abre mecanismos mais flexíveis de contratação, disciplina a concessão de benefícios e cria algum espaço para redução de salários e ajustes na folha de pagamento.

Medidas como a limitação do alcance da estabilidade funcional e a redução de salários iniciais para melhor alinhamento com o setor privado, necessária ao menos no nível federal, devem continuar a sofrer ferrenha oposição da esquerda e do PT, que mantêm alinhamento a interesses corporativistas dos servidores.

Existe um consenso de que limitar o número de carreiras e ampliar a flexibilidade da gestão de pessoas é essencial. Há falta de quadros em certas áreas e sobras em outros, o que pode ser mitigado sem necessidade de novas contratações.

Da mesma forma, não é mais possível adiar a regulamentação da avaliação por desempenho, que pode e deve servir como ferramenta de remuneração diferenciada no caso do bom servidor e, sendo o caso, de demissão do mau.

Também cumpre limitar os ganhos excessivos do topo do funcionalismo, caso do Judiciário e do Ministério Público, habituados a definir seus próprios privilégios. A equidade é outro componente necessário de uma reforma que não pode mais tardar.

Comentário nosso

É imprescindível que se faça essa reforma. O serviço público é de péssima qualidade. A garantia da estabilidade, junto com a falta de um processo de avaliação criterioso mantém muita gente acomodada no serviço público. Com exceção das funções típicas do Estado como magistratura, auditorias, Ministério Público, polícias e outras funções que precisam ser “blindadas” para se fortalecerem para não serem manejadas pela politicagem, a funções meramente administrativas deveriam regidas pela CLT, com processos de avaliação criteriosos, que permitissem promover os bons funcionários e descartar os maus servidores. Além do mais tem que se acabar com as mordomias de que se locupletam ministros, procuradores e promotores, além de parlamentares de todos os níveis. Salários justos, mas sem mordomias. É um absurdo, por exemplo, um parlamentar custar cento e setenta mil reais por mês aos cofres públicos.  (LGLM)

Comentário

Comentário

Category: Destaques

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *