Chuva traz alívio e esperança para moradores de Patos e região. Distrito de Santa Gertrudes registra 178 milímetros de chuva

Em outras localidades do município, os índices também foram positivos. Em alguns pontos da cidade de Patos, a média registrada foi de aproximadamente 65 milímetros

(Marcos Oliveira, no Patosonline.com, em 12/04/2025)
Foto divulgação
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Na noite desta sexta-feira (11), a cidade de Patos, localizada no Sertão da Paraíba, foi agraciada com uma chuva intensa e bastante aguardada, trazendo alívio para os moradores após dias seguidos de calor extremo e estiagem prolongada.

A precipitação teve início por volta das 19h40 e alcançou diversos bairros da cidade, como Centro, Brasília, Monte Castelo, Jatobá, Nova Conquista, Belo Horizonte, Liberdade, Bivar Olinto, Itatiunga, entre outros. O volume de chuva foi considerado satisfatório, sendo acompanhado por trovões, relâmpagos e uma queda significativa na temperatura, proporcionando um clima mais ameno.

Já na manhã deste sábado (12), a população do Distrito de Santa Gertrudes, também pertencente ao município de Patos, comemorava a chegada da forte chuva registrada durante a noite anterior. A alegria foi visível entre os moradores, que há dias aguardavam por um sinal de alívio após o período de seca.

De acordo com relatos, pequenos açudes e barreiros voltaram a receber recarga, animando os sertanejos. Seu Edmundo, morador bastante conhecido na comunidade de Santa Gertrudes, informou que o pluviômetro instalado no conjunto novo marcou 178 milímetros.

Em outras localidades do município, os índices também foram positivos. Em alguns pontos da cidade de Patos, a média registrada foi de aproximadamente 65 milímetros, confirmando o retorno das chuvas em diferentes áreas da região.

O fenômeno renovou as esperanças da população, que depende diretamente das águas da chuva para o abastecimento, a agricultura e o sustento da vida no semiárido paraibano.

Assim como na OAB, médicos deveriam fazer exame de proficiência? SIM (confira comentário nosso)

Má formação é risco a pacientes; faculdades por vezes parecem prezar mais pela quantidade de matriculados do que pela qualidade do ensino

 

(Antonio José Gonçalves, Presidente da Associação Paulista de Medicina (APM), na Folha, em 11/04/2025)

A má qualidade dos cursos de medicina no país impacta o sistema de saúde e o atendimento adequado aos pacientes. A saúde brasileira enfrenta um grande desafio: a má formação médica. Uma das principais causas é a educação oferecida atualmente pelas escolas de medicina, que por vezes parecem prezar mais pela quantidade de matriculados do que pela qualidade de ensino.

Foi aprovada em dezembro de 2024, no Senado, a aplicação de um exame ao término da faculdade de medicina, apelidado de “OAB da Medicina”. O texto ainda precisa ser aprovado em outras instâncias, como a Câmara dos Deputados, mas preconiza a criação de um exame de proficiência para os novos médicos do país —que entrará em vigor um ano após a sua eventual aprovação— apenas para novos egressos dos cursos de medicina. O exame vai avaliar diferentes competências, em âmbitos teóricos e práticos.

Atualmente, há mais de 400 escolas médicas espalhadas pelo país, a segunda maior quantidade do mundo —só fica atrás da Índia, nação que tem uma população mais de seis vezes maior que a brasileira.

abertura de inúmeros cursos é irresponsável, pois formam-se aproximadamente 40 mil jovens todos os anos e só há vagas para 20 mil residentes. Neste cenário, muitos formandos nem buscam fazer residência, seja pela alta concorrência, baixa remuneração ou necessidade de pagar o financiamento estudantil ao término do curso, levando-os a começar a trabalhar rapidamente para quitar suas dívidas —em vez de aprimorar seus conhecimentos.

Se essa tendência continuar, estima-se que em 2035 o Brasil terá mais de 1 milhão de médicos, segundo a pesquisa Demografia Médica no Brasil. No entanto, isso não garantirá profissionais para todos: a distribuição dos médicos continuará desigual, concentrada em grandes centros. Formar mais médicos, e não melhores médicos, apenas levará ao declínio da qualidade do atendimento à população.

Um médico com formação ruim onera o serviço de saúde como um todo, pois pode demorar mais para chegar a um diagnóstico e até mesmo solicitar exames desnecessários, o que gera altos custos tanto para o indivíduo quanto para o sistema, desperdiçando recursos.

O projeto de lei foi criado para garantir que os atendimentos médicos continuem sendo feitos com qualidade, visto que o número de profissionais formados está cada vez maior e a qualidade do ensino, questionável. A Associação Paulista de Medicina (APM) defende capacitar os estudantes e acompanhar a qualidade da formação médica, que, nos últimos anos, vive uma grave crise.

Comentário nosso – A maioria das escolas particulares de Medicina são verdadeiras arapucas. Se o aluno tem interesse, ainda pode aprender alguma coisa. E conhecemos bons profissionais formados em escolas particulares. Mas um “filhinho de papai” que nunca se interessou por nada, só está visando um diploma para arranjar um bom emprego e um bom casamento. Só aprende alguma coisa se quiser, pois escola particular nenhuma vai reprovar um aluno que lhe garante mais de cem mil reais por ano só de mensalidade. A realização do “exame de ordem” ia mostrar a qualidade dos novos médicos formados tanto nas faculdades públicas como nas particulares. (LGLM)

Bolsonaro atrapalha o Brasil (confira comentário nosso)

Imagem ex-librisJair Bolsonaro – aquele que é, segundo seus bajuladores, o “grande líder da direita no Brasil”, timoneiro do PL, o maior partido da Câmara – não tem nada a dizer sobre a profunda crise mundial deflagrada pelo presidente dos EUA, Donald Trump. Nada. Seu único assunto é a tal de “anistia” para os golpistas do 8 de Janeiro – e, por extensão, para si mesmo. Enquanto o mundo derrete em meio à escabrosa confusão criada por Trump, aliás ídolo de Bolsonaro, o ex-presidente mobiliza forças políticas para encontrar meios de driblar a lei e a Constituição e livrar da cadeia os que conspiraram para destruir a democracia depois das eleições de 2022, sob sua liderança e inspiração.

Admita-se que talvez seja melhor mesmo que Bolsonaro não dê palpite sobre o que está acontecendo, em primeiro lugar porque ele não saberia o que dizer nem o que propor quando o assunto é relações internacionais. Recorde-se que, em sua vergonhosa passagem como chefe de Estado em encontros no exterior, ele só conseguia falar com os garçons. Mas o ex-presidente poderia, neste momento de graves incertezas, ao menos mostrar algum interesse pelo destino do país que ele diz estar “acima de tudo”. No entanto, como sabemos todos os que acompanhamos sua trajetória política desde os tempos em que era sindicalista militar, o Brasil nunca foi sua prioridade.

Mas o Brasil deveria ser prioridade de todos os demais. O tema da “anistia” não deveria nem sequer ser discutido por gente séria frente não só às turbulências globais do momento, mas a problemas brasileiros incontornáveis que afligem de fato a população – como a inflação, a violência, a saúde pública, os desafios educacionais, os caminhos para assegurar desenvolvimento em bases sustentáveis ou os efeitos das mudanças climáticas sobre a vida nas florestas e nas cidades.

Infelizmente, num Congresso que se mobiliza de verdade quase sempre apenas para assegurar verbas e cargos, Bolsonaro está em seu meio. Parece intuir que a liderança que exerce sobre sua numerosa base popular basta para submeter os políticos pusilânimes a seus caprichos pessoais, e é por isso que o ex-presidente dobrou a aposta, lançando repto às instituições, reafirmando-se como candidato à Presidência – apesar de sua inelegibilidade – e convocando os potenciais herdeiros políticos a se tornarem cúmplices de seus ataques à democracia.

Bolsonaro está a todo vapor: além de mobilizar parlamentares da oposição e fazer atos públicos e declarações quase diárias sobre o tema, reuniu-se fora da agenda oficial com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para pressioná-lo a colocar em votação a tal “anistia”. Embora esteja resistindo, o presidente da Câmara iniciou conversas com integrantes do governo e do Supremo Tribunal Federal (STF), pregando uma solução negociada entre os Poderes para reduzir a pena dos condenados pelo 8 de Janeiro com o objetivo de “pacificar” o País. Como demonstra não se preocupar de fato com a massa de vândalos do 8 de Janeiro e sim com a própria absolvição, Bolsonaro chegou a minimizar a importância de uma eventual revisão da dosimetria pelo STF. Disse que só lhe interessa a “anistia ampla, geral e irrestrita” – obviamente uma piada de mau gosto.

Já que a maioria dos brasileiros é contra a anistia, segundo recentes pesquisas, as patranhas do ex-presidente seriam apenas irrelevantes caso se resumissem a ele e ao clã Bolsonaro. Mas é perturbador observar que algumas das principais autoridades do Brasil estão realmente se dedicando ao tema. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, por exemplo, encontrou tempo em sua decerto atarefada rotina para ligar pessoalmente a todos os deputados do seu partido com o objetivo de convencê-los a assinar o requerimento de urgência para o projeto de anistia, como se isso fosse de fato relevante para os paulistas.

Não é. Se Bolsonaro for condenado e preso, e se os golpistas forem todos punidos, rigorosamente nada vai mudar no País. No entanto, se as forças políticas do Brasil não se mobilizarem rapidamente para enfrentar o novo e turbulento mundo que acaba de surgir, aí, sim, os brasileiros sofreremos todos. Está na hora de deixar a Justiça cuidar de Bolsonaro e seguir adiante. O Brasil tem mais o que fazer.

Comentário nosso – Certíssimo o Estadão. Com tantos problemas a resolver no país e o Congresso perdendo tempo com um grupo de criminosos. Amenizar suas penas será estimular que outros atentados ao Estado Democrático de Direito sejam repetidos por quantos aventureiros da qualidade de Bolsonaro e de seu modelo Trump surjam em nosso país. Temos é que pô-los na cadeia o maior tempo possível, mesmo que isso represente mais despesas para nós contribuintes que já jogamos tanto dinheiro fora com os bandidos que povoam o Congresso Nacional e jogam nosso dinheiro no próprio bolso através das emendas parlamentares. Os mesmos bandidos querem amenizar as penas de outros bandidos da sua igualha, (LGLM)

Nova chance para a segurança pública

Imagem ex-librisO ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, reuniu-se com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e líderes de partidos para apresentar aos parlamentares a nova versão da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública. Ao que tudo indica, a reunião foi produtiva, ou ao menos a premência de uma questão tão preocupante para a sociedade parece ter unido as legendas a despeito de suas eventuais dissensões ideológico-programáticas. “Há uma convergência e unanimidade sobre a urgência de tratar desse tema na Câmara dos Deputados”, afirmou Motta logo após o encontro, informando ainda que a segurança pública será “pauta prioritária” na agenda da Casa.

Tal como fora apresentada originalmente no ano passado pelo governo federal, a PEC da Segurança Pública tinha problemas que inviabilizavam seu avanço, a começar pelo principal deles, a imposição de uma profunda repactuação federativa. De acordo com aquele texto, a União passaria a ter mais poderes para agir em uma seara que há décadas está a cargo dos Estados, razão pela qual a proposta não foi acolhida, a despeito de todo o esforço de Lewandowski e do presidente Lula da Silva para engajar o Congresso e os governos estaduais. Muitos governadores não aceitaram perder um naco do poder que, a bem da verdade, a Constituição de 1988 lhes deu para formular e implementar políticas de segurança em seus Estados.

À época, a PEC da Segurança Pública foi vendida ao distinto público como a panaceia, como uma espécie de “bala de prata” do governo Lula da Silva para resolver um problema para o qual, historicamente, nem o presidente da República nem o PT jamais deram a importância – ou, quando deram, foi no exato limite das conveniências eleitorais de ocasião. Nada disso mudou essencialmente, afinal, não há vivalma em Brasília que não considere que o tema da segurança pública será central na campanha eleitoral de 2026.

Ademais, aos petistas não é dado o benefício da dúvida de que teriam acordado para uma mazela que aflige milhões de brasileiros e, enfim, passaram a pensar em soluções reais para diminuir a percepção de insegurança que altera a vida nas grandes cidades brasileiras. Mas agora há, sim, uma nova chance para que Executivo e Legislativo amadureçam o texto e ofereçam ao País uma política de segurança verdadeiramente capaz de trazer paz aos brasileiros.

O primeiro passo para que isso aconteça é o abandono do que o presidente da Câmara chamou de “preconceito” e “vício de iniciativa”, referindo-se à resistência de parlamentares da base e da oposição a propostas legislativas não pelo que representam, mas em razão de quem as propõe. Em prol do País e da segurança dos brasileiros que só querem sair de casa, tocar suas vidas e voltar em segurança, governo federal, governos estaduais e Congresso precisam se unir pela construção de uma política nacional de segurança pública que a um tempo respeite as competências da União e dos Estados e dê conta de enfrentar uma criminalidade cada vez mais sofisticada e poderosa, bélica e financeiramente. O Estado brasileiro precisa ser mais inteligente e incisivo do que aqueles que gastam somas inimagináveis de dinheiro para subverter suas leis para auferir ganhos ainda mais substanciais.

Nesse sentido, a apresentação da nova versão da PEC da Segurança Pública pode ser um bom ponto de partida para essa concertação republicana, que, independentemente de colorações partidárias, deve opor apenas os que estão ao lado das leis àqueles que vivem de rasgá-las.

Dito isso, nem a melhor política de segurança do mundo irá produzir os resultados benfazejos que dela se espera se as forças policiais, tanto as polícias ostensivas como as polícias judiciárias, não estiverem rigorosamente comprometidas com as leis, a Constituição e os direitos humanos, além de bem treinadas, equipadas e remuneradas. E garantir isso é e continuará sendo, seja qual for o destino da PEC da Segurança Pública, uma atribuição dos governadores.

Veja as notícias desta SEXTA-FEIRA, 11/04/25, selecionadas pelo Blog da Revista da Semana com comentários nossos

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      • Você pode ajudar a Polícia a combater a violência comunicando a ela tudo que souber sobre determinado crime. Ligue para o 197 (da Polícia Civil) ou 190 (da Polícia Militar), dos quais prometem o anonimato,  e aguarde os resultados.
      • Você sabe de onde sai o dinheiro com que o seu prefeito atende as necessidades do seu povo? Dos impostos que você paga e que são devolvidos ao município através do FPM e das emendas parlamentares. E em muitos municípios, parte desse dinheiro vai indevidamente para o bolso do prefeito, dos vereadores e seus cabos eleitorais. Por isso muitos deles são podres de ricos. 
      • Prefeito e vereador não lhe fazem nenhum favor, eles só gastam o dinheiro do imposto que você você pagou em tudo que compra ou do salário que você ganha. 
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UM TRÂNSITO DESORGANIZADO COMEÇA NOS BASTIDORES (confira comentário nosso)

(Misael Nóbrega de Sousa,  jornalista, professor universitário e poeta, em 11/04/2025)

Ouça o texto

A denúncia feita pelo sindicato dos agentes de trânsito de Patos acendeu um sinal de alerta sobre a Superintendência de Trânsito da cidade, a STTRANS. O Ministério Público, instaurou um procedimento administrativo para apurar irregularidades que vão desde desorganização interna até suspeitas de favorecimento e perseguição a servidores.

As escalas de trabalho, segundo relatos, têm sido manipuladas sem critério, gerando desconforto e desmotivação entre os agentes. Há ainda denúncias graves de má-fé administrativa, com agentes sendo alvos de perseguições e pressão psicológica por parte da gestão. Um ambiente tóxico como esse não apenas compromete o serviço público, mas adoece o servidor e afeta diretamente o cidadão que depende de um trânsito organizado e seguro.

O mais preocupante, no entanto, é a resposta do prefeito Nabor Wanderley à categoria: “Se resolvam, vocês já são de maior.” Um silêncio institucional disfarçado de indiferença. Quando a autoridade máxima do município se isenta de intervir num conflito entre servidores e gestão de uma autarquia, está, na prática, lavando as mãos diante de um problema que tem consequências reais para a cidade.

A fala do prefeito sobre a STTRANS precisar ser “autossustentável” e a recusa em discutir a valorização salarial da categoria reforçam uma lógica perigosa: a de tratar um serviço essencial com critérios puramente econômicos, como se fosse uma empresa privada com meta de lucro, pode descambar para uma indústria de multa.

A gestão da STTRANS, pelo visto, não é uma unanimidade nem entre os próprios servidores. E a insistência em manter um modelo autoritário, que ignora a realidade do trabalho diário dos agentes, só piora o que já está ruim: a precariedade do serviço de remoção de veículos, a desorganização das ruas e a falta de comando efetivo.

O trânsito de uma cidade reflete a forma como ela é administrada. E em Patos, infelizmente, os sinais de advertência estão sendo ignorados há tempo demais. Que o Ministério Público cumpra seu papel e que a população compreenda: o problema não está só no semáforo quebrado, no carro mal estacionado, ou na ausência do serviço de zona azul — começa lá dentro, onde a má gestão virou costume.

*Editorial do jornal Notícias da Manhã da rádio Espinharas FM de Patos 97.9 em 11 de abril de 2025.

Comentário nosso – Concordamos com o colega Misael, em gênero, número e grau. E Nabor dá uma demonstração clara de que está despreparado para a função para a qual o elegeram. Nossos eleitores se iludem com “conversa bonita e uma sandália japonesa”.  Apesar de ser uma autarquia, a STTRANS não é autossustentável, como seria uma empresa de energia elétrica, uma empresa de ônibus ou uma empresa de água e esgotos que teriam renda própria para se manter. A obrigação de cuidar do trânsito da cidade é da administração municipal  e para isso ela deve financiar a STTRANS na medida em que ela for autossustentável.  Já pensaram se os motoristas de automóveis e de motos de Patos fossem perfeitos e não cometessem infrações, quem iria fiscalizar o trânsito para que este paraíso continuasse a existir? Ao criar uma Superintendência de Trânsito a administração municipal não se livrou da responsabilidade pelo trânsito da cidade. O prefeito tem que fiscalizar a STTRANS para ver se ela está funcionando perfeitamente e se não estiver quem é o responsável por isso e porque não está funcionando. Se é por falta de meios o prefeito tem que suprir os meios que faltam, se não tem que mudar o superintendente e colocar alguém capacitado para fazê-la funcionar como devido. O prefeito não pode, como Pilatos, simplesmente “lavar as mãos”, o que só comprovaria a sua total incompetência  o que seria surpresa para os “puxa-sacos” de sempre. (LGLM)

 

Preparativos para o 10º Festival de Voo Livre de Matureia

Matureia é uma cidade em pleno crescimento e desenvolvimento, com um grande potencial turístico, gastronômico e para esportes de aventura

(Marcos Oliveira com  Assessoria, em 11/04/2025)
Foto divulgação
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A Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Meio Ambiente está engajada e totalmente envolvida nos preparativos para o 10º Festival de Voo Livre de Matureia, que será realizado nos dias 1, 2, 3 e 4 de maio. Este evento, que já se tornou uma tradição em nossa cidade, promete atrair visitantes de várias partes e celebrar a beleza e a cultura de nosso município.

Neste ano, a Secretaria de Cultura terá um papel fundamental ao realizar diversas apresentações culturais na Praça José Alves da Costa. O festival contará com a participação de grupos de forró pé de serra, como a Banda Status do Forró e Trio Xoteando, garantindo que a animação e as tradições nordestinas estejam em alta durante os quatro dias de festividades.

Matureia é uma cidade em pleno crescimento e desenvolvimento, com um grande potencial turístico, gastronômico e para esportes de aventura. O Festival de Voo Livre é uma oportunidade perfeita para que tanto os moradores quanto os visitantes conheçam as maravilhas que nossa cidade tem a oferecer.

Contamos com o apoio da Secretaria de Esportes para tornar este evento ainda mais especial, proporcionando atividades que promovam o esporte e a interação entre os participantes. Venha celebrar conosco esta edição marcante do festival e aproveite para explorar tudo o que Matureia tem a oferecer!

Junte-se a nós no 10º Festival de Voo Livre de Matureia e vivencie momentos inesquecíveis!

Assessoria

Polícia prende mal e Justiça solta

Ouça o texto

(Luiz Gonzaga Lima de Morais, jornalista e advogado, em 11/04/2025)

Esta frase. dita recentemente pelo Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, tem dado o que falar. Uns concordam com ela, outros a contestam dizendo que a Polícia faz sua parte e a Justiça é quem solta. Esta semana ouvimos uma crítica por parte de um colega nosso de rádio.

Mas a frase precisa ser dissecada para mostrar que o ministro tem lá as suas razões. Concordamos que a Polícia tem sido até ativa em realizar prisões. Mas o trabalho da Policia não se restringe apenas a prender. Cabe à polícia fazer um processo bem feito, ouvindo testemunhas e reunindo provas, que convençam o Ministério Público a denunciar os criminosos e a Justiça a instaurar um processo penal, ouvir testemunhas e analisar provas, para punir os culpados, depois de enquadrá-los dentro dos ditames da lei penal.

Acontece que no caminho, da prisão até o julgamento, podem acontecer erros de toda categoria, que podem levar à absolvição dos pretensos culpados. Na investigação podem acontecer erros involuntários ou propositais, que podem ser usados depois para os advogados pedirem a absolvição do seu cliente e levar a  justiça a atendê-los.

Quem advoga na área penal sabe bem disso. Em meus cinco anos de exercício profissional, entre 1989 e 1994, eu tive pelo menos uma demonstração disso. Fui chamado a defender o filho de uma prima minha minha, que era acusado de um assassinato. Compareci à apresentação dele à autoridade policial, que por coincidência era um velho amigo meu. Durante a audiência o meu cliente contou como aconteceu o fato. Que ele e a vítima tinham um rixa antiga e quando se encontraram se “travaram na faca”, ambos armados portanto e ele terminou ferindo de morte o rival. Ao ditar o depoimento do acusado para o escrivão, o delegado fez uma pequena mudança no depoimento, dizendo que meu cliente havia tomado a faca da vítima e o atacado em defesa da vida. E que esta faca foi incluída no processo e depois reconhecida por uma irmã da vítima como pertencente à sua casa. Este simples detalhe nos permitiu, a mim e ao parceiro de defesa, o saudoso Dr. Manoel Barros, alegarmos legítima defesa, o que foi aceito pelo corpo de jurados. No final, nosso constituinte foi punido apenas pelo excesso, já que o resultado foi o óbito.

Neste caso não se poderia jamais acusar a Justiça de soltar indevidamente o réu, que foi obrigado apenas a uma prestação de serviços.

Este foi um caso em que evidentemente a policia “prendeu mal”. Mas há casos em que o próprio Ministério Público pode corrigir o erro judicial, antes de denunciar o acusado. Para coibir a ocorrência de erros policiais caberia a uma corregedoria policial auditar os processos.

Outro erro pode ocorrer de parte do Ministério Público se não exigir a correção das falhas do inquérito policial. Formalizado o processo e acatada a denúncia, erros podem ocorrer no julgamento. Uns por conta de falhas na própria lei, outros por falhas na aplicação da lei. Estas falhas na aplicação da lei podem ser involuntárias por pouco cuidado na análise do processo ou proposital, por motivos pessoais do juiz, por interesse financeiro ou até recebimento de propinas ou atendimento de pedidos politiqueiros.

Mas nem sempre se pode atribuir a culpa totalmente ao julgador. Muitas vezes existem brechas na lei que permitem ou até obrigam a absolvição, assim como as falhas podem ter sido  inseridas desde o início da investigação. A policia pode prender mal, mas a Justiça pode julgar mal. Mas muitas injustiças são cometidas por que as leis foram mal elaboradas, por legisladores maldosos ou despreparados.

Veja as notícias desta QUINTA-FEIRA, 10/04/25, selecionadas pelo Blog da Revista da Semana com comentários nossos

      • Baixe o aplicativo RadiosNet e ouça qualquer rádio que você queira ouvir no mundo. Ou o app da Rádio Espinharas para escutar toda a nossa programação.
      • Você pode ajudar a Polícia a combater a violência comunicando a ela tudo que souber sobre determinado crime. Ligue para o 197 (da Polícia Civil) ou 190 (da Polícia Militar), dos quais prometem o anonimato,  e aguarde os resultados.
      • Você sabe de onde sai o dinheiro com que o seu prefeito atende as necessidades do seu povo? Dos impostos que você paga e que são devolvidos ao município através do FPM e das emendas parlamentares. E em muitos municípios, parte desse dinheiro vai indevidamente para o bolso do prefeito, dos vereadores e seus cabos eleitorais. Por isso muitos deles são podres de ricos. 
      • Prefeito e vereador não lhe fazem nenhum favor, eles só gastam o dinheiro do imposto que você você pagou em tudo que compra ou do salário que você ganha. 
      • Notícias verdadeiras com comentários independentes, “sem papas na língua”. Acompanhe-nos no www.revistadasemana.com, diariamente no Blog da Revista da Semana e às terças no PAPO DE COLEGUINHA, no Notícias da Manhã, da Espinharas FM.
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Um escândalo grande começa a vir à tona: se emenda escondida não dá voto, só pode dar dinheiro (confira comentário nosso)

Casos já revelados da Operação Overclean, do ex-ministro e agora denunciado Juscelino Filho e dos deputados do PL transformados em réus começam a expor as entranhas do orçamento secreto; se as investigações continuarem, será apenas o começo

 

(Ricardo Corrêa, colunista do Estadão, em 10/04/2025)
Dia desses um ex-parlamentar que hoje atua em outro cargo na administração pública brasileira refletia sobre o esforço do Congresso em esconder autores de emendas parlamentares. “Na minha época, a luta era para mostrar que a emenda era nossa”, dizia, lembrando dos eventos para anunciar o dinheiro, da presença na inauguração da obra e de toda a divulgação para contagiar as bases e provar que era o verdadeiro ‘dono’ da benesse. É o que dava voto. E se hoje, com emendas por vezes escondidas, não dá voto, só pode dar dinheiro.

E assim o Brasil caminha para a explosão de um escândalo de corrupção generalizado na comercialização de recursos Brasil afora. Os primeiros casos já pipocam daqui e dali, mas outros virão. E é por isso que tem gente no meio político dizendo que estamos à beira de uma ‘Lava Jato’ das emendas.

A operação Overclean revelou um quadro que o brasileiro conhece bem. Planilhas apreendidas com codinomes de políticos e servidores públicos. E mais de 100 envolvidos já na mira da Polícia Federal, como mostrou o blog do Fausto Macedo. Ao contrário do que se viu na Lava Jato, porém, os indícios dão conta de um esquema mais pulverizado, em pequenas obras bancadas com emendas em prefeituras pelo País.

Foi na Overclean que apareceu o nome de Elmar Nascimento, um dos homens-fortes do Centrão, o que levou a apuração ao STF, nas mãos de Kassio Nunes Marques. Elmar nega qualquer irregularidade, mas a suspeita é sobre uma emenda enviada à Prefeitura de Campo Formoso, administrada pelo irmão do deputado. A PF encontrou mensagens sobre encontros entre o prefeito e o empresário que venceria a licitação. No mesmo encontro estava o superintendente da Codevasf, indicado por Elmar Nascimento para comandar a empresa pública ligada ao Ministério da Integração Nacional.

É de recursos da Codevasf também que veio outro escândalo de uma figura do mesmo União Brasil, partido que controla o ministério. No caso, envolvendo o agora ex-ministro das Comunicações, Juscelino Filho. Ele foi denunciado pela PGR e o caso será relatado pelo ministro Flávio Dino. Em situação semelhante: a emenda foi enviada para Vitorino Freire, cidade controlada pela irmã dele. E garantiu a pavimentação de estradas que dão acesso à família do ministro, em obra com indícios de favorecimento. Juscelino também nega, mas deixou o ministério e não deve ser largado na chuva. O União quer dar a ele a liderança do partido na Câmara.

A rainha dos recursos do orçamento secreto, a Codevasf, segue sendo expandida, muito além de seu foco inicial. Foi criada para garantir o desenvolvimento da região dos vales do São Francisco e do Parnaíba, mas hoje vai muito mais longe do que as águas dessas bacias alcançam. São 15 Estados, incluindo Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba e até o Amapá, do cacique do União Brasil e presidente do Congresso Davi Alcolumbre, um dos pais do orçamento secreto e quem mais se esforçou para ampliar sua atuação até atingir 37% dos território brasileiro.

Em outra frente, uma figura também conhecida pelo bom trânsito na Codevasf, o deputado Josimar Maranhãozinho (PL-MA), está encalacrada. Ele, o também parlamentar Pastor Gil (PL-MA) e o hoje suplente Bosco Costa (PL-SE) foram transformados em réus pelo STF também por suspeitas de desvio de emendas. Mas neste caso, que está nas mãos do relator Cristiano Zanin, eles são acusados de organização criminosa e corrupção passiva pela suposta negociação de emendas da área da saúde em troca de cobranças de propina. Eles também sempre negam as irregularidades.

Com o esforço gigante do Congresso em blindar parte das emendas, atribuindo-as aos líderes a ou às comissões para ocultar o verdadeiro autor, a suspeita sobre o que foi destinado nos últimos anos ganha ainda mais força. É, como apontou a Transparência Brasil, a perpetuação do orçamento secreto, que dribla parte relevante das decisões do ministro Flávio Dino sobre o tema.

Com um escândalo de proporções gigantescas prestes a se abater sobre o Parlamento, e em meio aos embates do Legislativo com o Judiciário e da profunda dependência do Executivo para com as duas Casas do Congresso, a grande dúvida é o quanto algum tipo de concertação pode acabar servindo, involuntariamente ou não, para abafar as apurações sobre uma desconfiança cada vez mais viva sobre o uso indevido do orçamento brasileiro. Depois do que vimos com a Lava Jato original, não seria de se surpreender.

Comentário nosso – São por demais evidentes as provas de que há desvios de dinheiro na destinação de verbas pelos parlamentares para Estados, municípios e demais entidades que recebem recursos federais. Não existe outra explicação para o fato de um candidato a deputado federal ou senador gastar cinco ou dez milhões de reais para se eleger. O que ele ganha de “salários, rendimentos ou subsídios” durante os quatro anos, não justifica os gastos que ele enfrenta para se eleger e, além disso para ficar rico. Nós temos exemplos bem próximos de gente que nunca trabalhou, não recebeu herança, não desenterrou botija e nem tirou na Mega Sena e vinte anos depois de entrar na política é dono de um patrimônio de cem ou duzentos milhões de reais. Não tem negócio melhor no mundo do que ser deputado ou senador no Brasil. Sem falar em prefeitos e governadores. Temos prefeito na região que malbaratou a herança que os pais lhe deixaram, chegou numa prefeitura “puxando uma cachorra” e hoje é milionário. Antigamente, verbas que conseguiam para os municípios rendiam votos. Hoje tem deputado que carreia milhões para um município e não recebe nem mil votos naquele município. Por que? Por que ao invés de votos, recebeu propinas.  (LGLM)