(Genival Junior, no Patos Online, com comentário nosso)
O secretário de administração do município de Patos, Leônidas Dias, rebateu no programa Sem Censura, apresentado pelo jornalista Luis Carlos, na Rádio Espinharas FM de Patos, a declaração em vídeo do ex-candidato a prefeito de Patos, Juiz Ramonilson Alves, de que está faltando transparência na gestão municipal em relação ao valor pago em relação ao serviço de coleta de resíduos sólidos na cidade.
Leônidas classificou como mentirosa a informação de que Campina Grande paga R$ 826.000,00 para os serviços de coleta total, destinação, varrição, capinação e limpeza do município e disse que o valor é referente apenas a coleta em alguns bairros da cidade, enquanto os demais serviços são efetuados por funcionários efetivos e contratados da prefeitura.
“O município de Campina Grande paga R$ 826 mil reais exclusivamente para a coleta de resíduos em alguns bairros da cidade, pois a varrição, limpeza de mercados, pintura de meio e a capinação é realizada perlo município com seus próprios funcionários efetivos e contratados”, disse o secretário.
Leônidas acrescentou que Patos pagava R$ 670.000,00 (seiscentos e setenta mil reais), por mês em 2017, referente a coleta, varrição, capinação e limpeza nos arredores dos mercados, e passou a pagar R$ 526.000,00 (quinhentos e vinte e seis mil reais), em 2021, para coleta de resíduos, varrição manual, varrição mecanizada, capinação, pintura de meio fios e limpeza dos mercados.
O secretário também afirmou que o município tem obedecido todas as leis municipais, estaduais e federais em relação a transparência das informações e disse que é interesse do município manter abertas as informações de interesse público.
Nossa opinião
- Não vou entrar na discussão sobre os preços contrato de limpeza pública de Campina Grande, mas vou aproveitar duas informações do secretário Leônidas Dias para tecer um rápido comentário e depois repetir uma informação que já antecipei em outras oportunidades.
- Primeiro, o secretário diz que o preço pago pela Prefeitura de Campina Grande ser refere apenas a coleta e transporte do lixo até o lixão. E que no preço não estaria “incluídos os serviços de coleta total, destinação, varrição, capinação e limpeza do município” e em seguida “disse que o valor é referente apenas a coleta em alguns bairros da cidade, enquanto os demais serviços são efetuados por funcionários efetivos e contratados da prefeitura”. Aí vai a primeira pergunta. E por que a prefeitura de Patos não faz a mesma coisa que Campina Grande executando esta parte do serviço com seus funcionários efetivos e contratados? Temos certeza que ficaria muito mais barato, admitindo que a coleta depende da compra de equipamentos, que não seria impossível para a prefeitura de Patos adquiri-los.
- Em segundo lugar, o secretário compara o preço que a prefeitura de Patos paga atualmente com o que se chegou a pagar anteriormente, esquecendo que tal preço na época já estava superdimensionado.
- E aqui a informação que prometemos repetir. No final de 2019, numa fiscalização que fizemos contrato de lixo mantido com a CONSERV, na parte trabalhista que era de nossa alçada, ao procurar o contrato em vigência fomos informados de que a prefeitura estava mantendo um contrato emergencial e estava em vias de fazer uma nova licitação, para cuja realização já contratara um engenheiro especialista na área para fazer um orçamento dos serviços objetos de contrato anterior e este fizera uma avaliação de quanto custaria estes serviços com preço atualizado. A informação que nos foi repassada é que o serviço custaria em torno de trezentos mil reais mensais que seria mais ou menos o preço praticado em outras prefeituras da região. Com base nesta informação é que achamos caro o contrato atual de R$ 526.000,00 (quinhentos e vinte e seis mil reais). (LGLM)