(Jozivan Antero, no Polêmica Patos, em 02/05/2025)

No mês de junho, o Município de Patos realiza o maior evento festivo da região e um dos maiores da Paraíba. O São João da cidade de Patos acontece no Terreiro do Forró e, todos os anos, reúne uma multidão para assistir às apresentações musicais do gênero sertanejo, forró e outros estilos.
Neste período, vários vendedores ambulantes se organizam para comercializar bebidas alcoólicas, refrigerantes, comidas e outros produtos determinados pela organização do evento e complementar a renda familiar.
Desde segunda-feira, dia 28 de abril, a redação do Polêmica vem recebendo denúncias de vendedores ambulantes dando conta da exclusão indevida de trabalhadores que há vários anos estão presentes no evento.
A senhora Valdecira Nóbrega, que é vendedora ambulante e trabalha no São João desde 2009, disse que foi até o local determinado pela Prefeitura Municipal de Patos para a realização do recadastramento de 2025 para os que desejam comercializar seus produtos no Terreiro do Forró, no entanto, foi comunicada que estaria descredenciada diante de irregularidades contestadas pela vendedora.
Valdecira relatou que vem tentando resolver o problema junto aos responsáveis da Prefeitura Municipal de Patos. A vendedora afirma que sua exclusão se deu por motivos sem fundamento, inventados e que buscam justificar o injustificado para que ela não venda seus produtos no Terreiro do Forró.
Maria da Guia, que trabalha como auxiliar de limpeza, comentou que todos os anos participava do São João de Patos como vendedora ambulante. Ela relatou que apenas em dois momentos não pode participar por questões pessoais e que a organização prometeu que ela iria ter a autorização para trabalhar em 2025, porém, ao buscar realizar seu cadastro, ela não conseguiu e denunciou que viu privilégio de alguns.
A reportagem levou todos os casos ao advogado Vinícius Campos, atual secretário de Ciências, Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento Econômico de Patos. Ele ficou como responsável pela organização dos vendedores ambulantes e outras questões. O secretário ignorou todas as mensagens e pedidos de esclarecimentos.
Comentário nosso – Os reclamantes da matéria não informaram os motivos alegados para a sua exclusão da lista de vendedores do São João de Patos. Em matéria divulgada anteriormente, a administração municipal já havia divulgado que vários vendedores teriam sido excluídos por terem utilizado trabalho infantil e por terem terceirizado o seu comércio. As duas exclusões são justas. A própria legislação trabalhista proibe o trabalho de menores, inclusive parentes, principalmente na venda de bebidas. E o segundo motivo é uma das regras do São João de Patos, que tradicionalmente garante o direito de comerciar durante a festa, aos que comerciaram no ano anterior, mas pune quem transferiu para outro a autorização que havia recebido, com a exclusão no ano seguinte. (LGLM)